Anatomicamente, a articulação do ombro, é composta por 3 ossos: a omoplata, a clavícula e o úmero. Apenas com estas 3 peças ósseas se forma a mais complexa articulação do corpo humano, pela sua capacidade multiaxial, de permitir movimentos, desde os simples aos mais complexos.
Graças às estruturas adjacentes, músculos, ligamentos, tendões, bursas, cápsula, cartilagem, as possibilidades funcionais do ombro são vastas.
Todas estas estruturas, fazem parte do sistema músculo-esquelético que deriva da 3ª etapa embriológica do desenvolvimento, o mesoderma novo. Todos os tecidos e órgãos originários nesta etapa, são resultado de uma evolução filogenética, que permitiu a ação, a deslocação e o movimento. Nesta etapa estão incluídos os vasos sanguíneos e linfáticos, os gânglios, baço, o sangue com seus elementos formes, a gordura corporal, parênquima renal, glândula corticosuprarenal, ovários, testículos e os dentes.
De acordo com as leis biológicas que regem a Natureza, todos estes tecidos/órgãos permitem ter rendimento, executar, conseguir, alcançar. Facilmente se entende que, os conflitos biológicos, que estão na base das disfunções/lesões do sistema músculo-esquelético, correspondem à desvalorização, impotência funcional e à incapacidade.
Quanto mais superficial a estrutura afetada (tendões, músculos, fáscia), mais superficial é o conflito de desvalorização. Quanto mais profundo o tecido lesado (ossos, sangue, linfa, por exemplo), mais profundo o conflito biológico de desvalorização.
Os sintomas mais comuns do ombro são: tendinites, bursites, capsulite retrátil (ombro congelado), calcificações, luxações, roturas musculares.
Cada estrutura tem uma função específica que permite uma ação concreta.
Sob o ponto de vista mecânico, a articulação do ombro, sofre lesões por sobreuso, excesso de carga, movimentos bruscos, mau posicionamento.
- E quando surgem os sintomas sem lesão mecânica prévia?
- Será que o stress na articulação é suficiente para provocar a lesão ou a estrutura já se encontra debilitada previamente ao gesto fatal, e só aí dá sinal?
A Descodificação Biológica convida-nos a agregar uma visão “bio-lógica” a todos os conhecimentos biomecânicos, bem conhecidos.
O ombro serve para carregar, apoiar, abraçar, de forma real ou simbólica.
Podemos viver um conflito por cargas reais ou por cargas simbólicas.
Uma mochila real pode pesar muito, mas uma mochila simbólica também! Carregar uma responsabilidade, um trabalho muito exigente, uma dívida que não termina, alguém que nos “pesa” por imposição ou lealdade inconsciente, uma preocupação…
Porque falamos acerca da linguagem simbólica?
O nosso inconsciente não distingue real, virtual, imaginário ou simbólico. É uma das principais leis do inconsciente!
Espreita o seguinte exemplo:
Estar restringido de abraçar uma pessoa que gostas, por questões de pandemia, ou ter uma vivência de desvalorização por não poder abraçar todos os projetos que desejas, poderá fragilizar e atingir a mesma estrutura física. O Ombro!
A diferença é que o primeiro caso é concreto e real, o outro é simbólico. Se o inconsciente biológico não entende a diferença, prepara as mesmas diligências, no sentido de reforçar a estrutura em questão, para compensar a perda funcional, por exemplo um tendão (tendinite), osso (calcificações) ou músculo (contratura), por exemplo. Este é o sentido biológico dos sintomas de mesoderma novo.
A questão da desvalorização surge por motivos de comparação, com os outros ou connosco mesmos! A ânsia por ser mais e melhor, fazer mais e melhor, ter mais e melhor!
O medo de não ser aceite, valorizado ou reconhecido, numa sociedade cada vez mais exigente.
Predicados como:
“Não sou capaz de…”, “Não estou preparado para…”, “Não consigo…”, “Não posso…”, “Sinto-me impedido de…”, “Sinto-me obrigada a…”, “Tenho que…”, “Devo fazer isto…”
Seguidos das palavras relativas à função do ombro como, alcançar, afastar, abraçar, apoiar, constituem a grande maioria das possibilidades conflituais desta articulação.
O propósito de incluir esta visão na abordagem da saúde, é o de reconquistar a conexão (quase) perdida entre corpo e mente, quando estas, ainda se admitem ser duas entidades independentes, dissociáveis e sem qualquer correlação.
Descodificar um sintoma musculo esquelético não é linear. Temos que ter em conta a lateralidade biológica, que dita de que lado surge o sintoma (direito ou esquerdo)e a intensidade e duração da massa conflitual de cada vivência, que determina o intensidade do sintoma, e a tonalidade do conflito, que determina o local onde o sintoma se manifesta.
A biologia reage aos pensamentos, sentimentos e emoções! A sua manifestação é sempre a solução!
Se sentes que:
- Tens uma dor crónica no ombro que não se resolve;
- Se tens um diagnóstico concreto de tendinite, bursite, capsulite, rotura ou luxação;
- Se sentes incapacidade funcional no ombro em determinados movimentos;
- E gostarias de perceber melhor a sua causa biológica e emocional? Contacta-me através do formulário!
A consulta de Descodificação Biológica é um acompanhamento complementar e integrativo, que não substitui qualquer tratamento médico, nutricional ou psicológico.
Cada um de nós, como interveniente ativo no seu processo de saúde, perceberá que qualquer condição é multifatorial e beneficia de uma intervenção multidisciplinar.
Sónia Cerqueira