Já foi tempo de julgarmos que, no momento em que nascemos somos um livro em branco, no qual se vão escrevendo as pautas dos nossos valores, crenças, comportamentos, personalidade.
Hoje sabemos que, já no momento da fecundação, trazemos informação plasmada, vinda dos gametas dos nossos pais.
Essa informação identifica as nossas origens.
É um código que nos identifica e nos distingue.
Imagina que o teu sistema familiar é o software de um computador e que cada membro que o compõe é uma aplicação específica, que irás acionar e utilizar à medida que necessitas.
Todos estão presentes, mas apenas se manifestam se forem necessários. Estas aplicações específicas simbolizam uma determinada maneira de viver, um padrão, um registo que identifica cada elemento. E será que não manifestas nenhuma destas aplicações, na tua vida?
De quem vem?
Assim funcionam as Heranças Transgeracionais. Emergem sempre que o sistema necessita mostrar algo que deve ser resolvido, visto ou ultrapassado.
O sistema familiar é composto por nós, pelos pais, irmãos, tios, primos, avós, bisavós e por aí fora até aos primórdios das nossas origens. Também se incluem todas as pessoas que tiveram um impacto importante no seio das famílias: abortos, crianças mortas à nascença, amigos próximos, padrinhos, relacionamentos anteriores marcantes, amores impossíveis, por exemplo.
As vivências dos pais, avós, bisavós e de todos os demais, os seus sucessos, insucessos, conquistas, perdas, lutas, fome, guerras, permanecem tatuadas na nossa memória biológica.
Mas, como isto é possível?
Até há bem pouco tempo, acreditava-se que a transmissão biológica era exclusivamente através dos genes, e que com eles teríamos a impossibilidade de alterar o nosso “destino” tão previsível.
Neste campo, os estudos da epigenética, têm sido esclarecedores e demonstram bem a influencia do meio ambiente e das condições de vida na expressão dos próprios genes. Temos como exemplos bem conhecidos a influencia da nutrição, do stress, bem como das vivencias emocionais.
Esta visão, permite-nos inferir sobre a influência determinante, das experiências dos nossos antepassados, no nosso desenvolvimento individual.
Um evento dramático, vivido com uma intensa carga emocional, permanece ativo até que seja visto, sentido e libertado. Hoje sabemos que esse evento se chama CONFLITO BIOLÓGICO e que é o percursor de um sintoma, quer seja físico, comportamental ou existencial.
Poderemos, então, desculpar os nossos insucessos pelo legado transgeracional, do nosso clã?
Evidentemente que não!
Fazê-lo é uma estratégia subtil de recusar a autorresponsabilização e permanecer do lado da vitimização.
Hoje temos acesso a muita informação que nos permite perceber que:
- Nem todos os sintomas têm origem Transgeracional;
- A correlação entre um sintoma e uma memória ou herança Transgeracional, pressupõe alguma ligação especial: ser DUPLO de alguém, com o mesmo tipo de vivências, ou seja, obedecer a uma LEALDADE INCONSCIENTE.
Ser duplo de um antepassado, não é um peso que se carrega, mas sim uma informação valiosa na hora de nos autoindagar.
Existem várias formas de perceber essa lealdade: partilhar o mesmo nome, pela data de nascimento, data de morte, profissão, interesses/hobbies, lugar que ocupa na ordem dos irmãos.
O Inconsciente Familiar trata de manifestar essas correlações, que implicam uma fidelidade especial, que poderá condicionar e influenciar o nosso papel, comportamento, sucessos, dramas ou personalidade.
Sabendo que, as experiências dolorosas anteriores, deixam marcas aos descendentes, apenas quando aparecem SINTOMAS, é que devemos iniciar a investigação da sua existência e orientar-nos para a sua resolução através da ARVORE GENEALÓGICA.
Deixo alguns exemplos de casos reais e suas respetivas memórias Transgeracionais.
SINTOMA: “Não páro o dia todo! Não me permito ter momentos para mim!
MEMÓRIAS: Vivências anteriores de carência alimentar, guerras, pobreza, crença de valor
SINTOMA: “Não consigo ter um relacionamento estável”
MEMÓRIAS: Memória de “Homem Perigoso” na família: maridos que abandonam, mortos precocemente, infidelidades, pais ausentes
SINTOMA: “Não consigo juntar dinheiro. Por muito que ganhe não o consigo reter”
MEMÓRIAS: Pauta inconsciente de que ter dinheiro é perigoso.
Perdas de heranças, roubos, perdas financeiras por jogo, religião.
SINTOMA: “Não consigo ter filhos”
MEMÓRIAS: Abortos voluntários, crianças mortas precocemente, mães mortas no parto, abortos repetidos e dolorosos, falta de condições para criar.
SINTOMA: “Tenho medo que aconteça algo à minha família. Excesso de controle”
MEMÓRIAS: Mortes súbitas, doenças terminais em jovens, acidentes por descuido.
Cada pessoa contém muitas histórias dentro da sua História.
Cada manifestação deverá ser investigada, sentida e trabalhada individualmente.
Uma dúvida que me colocam, com bastante frequência é: e se não conheço as histórias do meu clã? Não poderei libertar as lealdades que manifesto?
Claro que sim! Dispomos da máquina mais completa, infalível e inovadora que existe: O NOSSO CORPO!
Através dele acedemos às Sensações Corporais que ficam registadas na memória celular, e que se manifestam sempre que o nosso inconsciente nos remete para uma experiência do passado.
Se tens uma situação que repetes e que gostarias de perceber qual a sua origem, a Descodificação Biológica ajuda-te a encontrá-la!
AS NOSSAS CONSULTAS
A Descodificação Biológica é uma terapia de acompanhamento complementar e integrativa, que não substitui qualquer tratamento médico ou psicológico.
Cada um de nós, como interveniente ativo no nosso processo de saúde, perceberá que qualquer condição é multifatorial. A nossa abordagem visa potenciar esse mesmo processo!
Este acompanhamento permite preparar para a mudança, a partir da toma de consciência das causas dos sintomas. Estes podem ser físicos, emocionais, comportamentais ou existenciais.
Permitirá liberar a carga emocional associada ao conflito que antecede o sintoma.
Permitirá uma vida mais leve, física e emocionalmente!
As consultas serão realizadas preferencialmente online.
As consultas online permitem-nos alargar o alcance geográfico, bem como permitir uma maior disponibilidade nos horários de atendimento. A sua eficácia terapêutica é garantida, sendo efetuada através de dispositivo, por videochamada.
Sónia Cerqueira
