Bioterapias

DR HAMER – O PIONEIRO DAS LEIS BIOLÓGICAS

Nos anos 80, a ciência médica foi abalada por uma visão radicalmente distinta do que até então se praticava. Ryke Geerd Hamer, médico internista alemão, surgiu desbravando sozinho um novo caminho, o das leis biológicas.
 
Falava da NOVA MEDICINA em contraposição a uma “medicina antiga”, pelos novos conceitos que lhe integrou: 
“Refiro-me a uma nova conceção da medicina que tem em conta um organismo universal compreendido pela união da psique, como integradora de todas as funções do comportamento e dos conflitos, do cérebro, como computador que controla todas estas funções no âmbito do comportamento e dos conflitos, e dos órgãos, que expressam os resultados desses eventos.”
 
Hamer defendia que a psique produzia e reparava todas as doenças.
Era um amante do saber, dado que para além de Medicina, estudou Física e Teologia. Conheceu a sua esposa, também ela médica, na faculdade onde se formou. Tiveram quatro filhos. O casal tinha o sonho de tratar gratuitamente os pobres. Era reconhecido pela sua profunda dimensão humanista, generosa e pela sua postura ética.
 
Segundo Hamer, todo e qualquer sintoma advém de um conflito prévio.
Mas, o que é o conflito? O que o constitui e como é ativado? 
conflito biológico é caracterizado por:
  • Obedecer a quatro premissas, ser um evento dramático, inesperado, sem solução e sem expressão.
  • Sucede simultaneamente a três níveis: psique, cérebro e órgão.
No momento do evento dramático, a psique (programador) ativa o cérebro (computador) e este descarrega um programa (sintoma) num determinado órgão do corpo (a máquina).
 
Hamer provou que estes três sistemas funcionam em rede com uma lógica biológica muito específica. Para cada programa ativa-se um programa específico num órgão concreto. O que o faz ativar é a forma como a psique interpreta o seu evento conflitual.
O conflito é puramente biológico e não psicológico ou emocional e o sentido biológico do sintoma tem relação com a função do órgão ou tecido correspondente.
 
A maneira de viver o próprio conflito é único, é individual.
É interessante observar as reações de um animal perante um conflito de ataque ao seu território, de perda ou competição sexual. São todos conflitos reais!
 
O Homem diferencia-se dos restantes animais não humanos, por reagir também aos conflitos simbólicos, virtuais ou imaginários, tal como se fossem reais.
 
Toda a reação visa a sobrevivência! 
Todo o sintoma é uma solução!
 
Hamer começou a trabalhar, em 1981, como especialista em oncologia. Nas centenas de pacientes que acompanhou todos tinham sofrido um conflito brutal e a cada tipo de cancro correspondia um tipo de conflito específico. 
 
Como chegou Ryke Geerd Hamer até esta conclusão? 
Com o seu próprio exemplo!
 
A 18 de agosto de 1978 o seu 2º filho, Dirk Hamer, foi baleado acidentalmente no abdómen, enquanto dormia num barco, numa ilha de Itália, onde estava de férias.
 
A bala atingiu-lhe a artéria femoral. O que originou graves hemorragias internas. Foi amputado à perna direita e intervencionado mais de 19 vezes. A luta foi dura.
 
Dia 7 de Dezembro faleceu, de forma inesperada, nos braços de seu pai.
Hamer viveu esse momento com um sentimento de impotência profunda, de perda irreparável!
Dois meses depois da morte de Dirk, Hamer recebe o diagnóstico de “Teratocarcinoma intersticial do testículo direito”. Pela mesma data, a sua mulher foi diagnosticada com uma alteração do ovário.
 
E os questionamentos emergiram: como é que duas pessoas saudáveis, sem antecedentes clínicos, com hábitos saudáveis, sem vícios, adoeceram quase em simultâneo, coincidentemente nos órgãos reprodutores: testículo e ovário, após a perda inesperada e dramática de um filho?
 
Hamer intuiu que o seu cancro de testículo se relacionasse com a perda e o sofrimento pela morte de Dirk. Este foi o mote para as suas investigações posteriores.
 
Batizou o momento do choque biológico, vivido previamente ao aparecimento de um sintoma, como DHS (Dirk Hamer Syndrom), em honra do seu filho.
 
Surgiu assim a 1ª das 5 Leis Biológicas da Natureza. 
1ª Lei Biológica: Toda a doença (análoga ao cancro) tem origem num DHS (Dirk Hamer Syndrom) ou seja, de um impacto ou choque de vivência conflitiva.
Portanto, é o DHS que origina o cancro, um conflito biológico ativado, na psique, cérebro e órgão em sincronia perfeita.
Hamer prosseguiu a sua investigação, compreendendo que a doença seguia sempre um processo em duas fases. 
Surgia a 2º Lei Biológica, que refere que toda a doença tem um caráter bifásico, sempre que se consiga solucionar o conflito.
 

O nosso Sistema Nervoso Autónomo (SNA) controla as funções involuntárias. É composto pelo Sistema Nervoso Simpático (SNS) que atua quando estamos despertos, e pelo Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) que atua enquanto dormimos.

Num conflito biológico, o indivíduo entra em atividade simpática apresentando sinais característicos: agitação, dificuldades em dormir, mãos frias, perda de apetite, emagrecimento – é a fase de conflito ativo, fase fria ou Simpaticotonia.

Quando este resolve o conflito, a psique relaxa. Apresenta sinais e sintomas diferentes da fase anterior: fica tranquilo, dorme melhor, sente cansaço, tem aumento de apetite, febre. É a fase de remissão da doença. Para que haja reparação e recuperação, o corpo apresenta dores e fadiga, para que conduza o indivíduo ao repouso. É a fase de reparação, fase quente ou Vagotonia.

É a fase na qual a maioria dos pacientes procuram a consulta.

 

A dedicação de Ryke Hamer à investigação, a sua tenacidade e determinação foi encarada como delírio, loucura e mentira. Foi considerado pelos seus colegas e superiores como “ameaça à saúde pública”, “pseudocientista”, “bruxo” e até “criminoso”. Impediram-no de divulgar as suas descobertas e até de consultar pacientes. Retiraram-lhe a carteira profissional, ameaçaram-no e foi preso.

Mais tarde, perceberam que os cerca de 30 mil pacientes que tinha atendido com cancro, todos continuavam com vida.

 

Afastado da prática clínica, mas ajudado por alguns colegas de profissão, que lhe permitiam aceder aos resultados clínicos dos pacientes, continuou a sua árdua investigação.

Constatou que a meio da fase de Vagotonia pode dar-se uma crise momentânea, que serve para que haja um reajuste no corpo do paciente, ocorrendo simultaneamente nos três níveis: psique, cérebro e órgão.

A este episódio dá-se o nome de Crise Épica ou Epileptóide. A sua duração depende da capa embrionária a que pertence o órgão afetado. 

Segue-se a segunda parte da fase de reparação, após a qual se restabelece a saúde do paciente – Normotonia.

Hamer continuou com as suas descobertas pelos meandros do cérebro dos seus pacientes.

Foi como desvendar enigmas, descodificar programas biológicos.

Decifrou centenas de Tomografias Axiais Computorizadas (TAC) onde percebeu que, na área cerebral correspondente ao órgão afetado, surgem sempre círculos concêntricos em forma de diana. A estes círculos Hamer batizou de Focos de Hamer.

Na fase de reparação das doenças, estes círculos enchem-se de líquido e glia, formando um edema localizado. A crise épica serve para que o corpo o expulse. Muitas vezes este líquido é confundido como tumor cerebral, mas Hamer fazia questão de referir que se trata de um facto normal, no processo de reparação.

3ª Lei Biológica da Natureza, é a lei do Sistema Ontogénico das doenças, que refere que cada solução biológica do corpo (doença) está relacionada com a origem embrionária dos órgãos e tecidos envolvidos na doença e na sua inervação. 

Todo o embrião se desenvolve mediante três capas embrionárias principais. A cada capa corresponde um sentido biológico e uma função específica.

  • Endoderma, capa mais interna e mais antiga, é controlada pelo tronco cerebral. Dá origem a órgãos implicados nas funções vitais.
  • Mesoderma, capa intermédia, é controlada pelo cerebelo e medula cerebral. Dá origem a órgãos de proteção e estabilização do corpo. A evolução filogenética conduziu a uma divisão desta capa, o mesoderma antigo e mesoderma novo, a versão mais recente desta capa.
  • Ectoderma, a capa mais externa é a mais recente da evolução das espécies. Controlada pelo córtex cerebral, dá origem a órgãos de comunicação, relação e sensoriais.

Cada tecido ou órgão do corpo realiza uma função com um propósito específico, dependendo da capa embrionária da qual deriva.

O comportamento do tecido, em caso de doença, também depende disso. A proliferação ou ulceração tecidular, a maior ou menor função celular, depende da fase da doença (simpaticotonia ou vagotonia) e do tipo de capa a que pertence. Este diagnóstico exato, permite-nos enquadrar, com precisão, a fase da doença, dentro do processo biológico.

Os estudos de Hamer foram exaustivos, conflito por conflito, tecido por tecido. Depressa entendeu que a biologia segue um padrão inteligente.

De acordo com a 3ª lei biológica, cada tumor corresponde a um conflito específico.

E então, as metástases?

Segundo Hamer, não são tumores secundários, mas sim o resultado de diferentes conflitos. Cada tumor um conflito. Um dos exemplos mais comuns é o conflito de diagnóstico.

Após a sentença de um cancro primário, a maneira de viver essa notícia pode determinar, ou não, o aparecimento de tumores secundários. Por exemplo, se a vivência é de “medo de morrer”, desenvolverá um cancro de pulmão. Se o vive desde a “carência”, pois não poderá prover a sua família, desencadeará um cancro de fígado.

Segundo Hamer, um cancro é uma proliferação de células para que o órgão aumente a sua função: mais células = mais função.

Obviamente, com este pressuposto, Hamer enfrentou um dos maiores desafios da sua carreira. Esta teoria detona as teorias vigentes sobre o cancro, mas abre outras possibilidades ou potencialidades na abordagem das patologias cancerígenas.

Há algo que se nos afigura como indubitável:  tudo o que Hamer afirmava, podia provar. Não era apenas um teórico, aliás a sua prática foi fundamentada em rigorosos estudos, com milhares de casos.

4ª lei biológica da Natureza, foi tão controversa quanto a anterior. Explica o sistema ontogénico dos micróbios.

Segundo Hamer os micróbios não causam as doenças infeciosas, mas sim são aliados que entram em ação para reparar os tecidos do corpo. O processo infecioso e a febre fazem parte da fase de reparação da doença. Isto significa que o paciente já resolveu o seu conflito, e o seu cérebro deu ordem ao órgão para se reparar e aos microrganismos para intervir na limpeza de tumores, para posteriormente se reconstruir o tecido. Embora pareça que o paciente esteja a piorar, na realidade está em processo de cura.

Hamer faz uma comparação fantástica: “Se passarmos em frente a uma casa em chamas, e virmos os bombeiros, não nos ocorre pensar que provocaram o incêndio. Tal como os micróbios, bactérias, fungos e vírus, passa-se o mesmo. Na realidade sufocam o fogo. Funcionam como um sistema de emergência.”

Em 1994, surge a 5ªlei biológica. Chamou-lhe “Quinta Essência”.

Ryke Hamer percebeu que o sistema que descobriu é aplicável, não só ao cancro, mas a qualquer patologia. Toda a doença começa, desenvolve-se e pode curar-se segundo o mesmo processo: a gripe, a asma, diabetes, gastrite, ou uma hepatite.

A Natureza tem um SENTIDO. Não há sorte nem azar. Não se equivoca. Obedece a uma lógica ganhadora.

Hamer revelou que a doença é um Programa Especial da Natureza, com pleno sentido biológico.

É um PROGRAMA BIOLÓGICO DE SOBREVIVÊNCIA (PBS).

“É fascinante ver como toda a medicina se ordena e explica de uma forma tão natural e evidente, já que todos os eventos que nos pareciam incompreensíveis e casuais, se tornam lógicos e compreensíveis.”                                                         

Para Hamer, o paciente converte-se no protagonista de todo o processo que sucede no seu corpo. Já não se “atua” sobre o paciente, mas o paciente “atua sobre si mesmo”.

Se o paciente conhece e entende todo o seu PBS, perde o medo. Se reconhece as duas fases da doença e os seus sintomas, não tem motivos para se assustar. Tem a preciosa oportunidade de controlar a sua psique, que dará as ordens corretas ao corpo para se restabelecer.

 

Ryke Geerd Hamer foi um pioneiro, um Homem com uma visão e uma prática muito à frente do tempo em que viveu. E tal como acontece com os visionários, foi incompreendido.

Atualmente, é considerado um génio, um iluminado, por aqueles que integram os seus conhecimentos na sua prática clínica e vida pessoal.

Aplicar as leis biológicas da natureza no quotidiano, é permitir uma comunhão com a Natureza, com o verdadeiro SER. É assumir a responsabilidade e o compromisso pela qualidade da própria existência.

O mundo precisa de janelas abertas que nos permitam ver segundo outras perspetivas, que nos ilumine a cegueira de crer na dependência em tudo o que está fora de nós.

O conhecimento é a chave para as abrir.

Cada um de nós é responsável pela sua Saúde, Vida, Felicidade. E isso é tão libertador!

                                                                                             

Sónia Cerqueira

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